Qual a real necessidade de um relacionamento?

Hoje tive um dia excelente. Consegui acordar cedo, arrumei a casa, joguei videogame, brinquei com meu cachorro, fui almoçar com uma das minhas melhores amigas. Um dia leve que não precisa de nada pra ficar melhor.

Então, parei no meu bar preferido e pedi uma cerveja. Aqui fiquei pensando, abri esse post e resolvi reescrever.

Na verdade, não tenho nada que me prenda a nada. É interessante que a gente fica durante muito tempo pensando no que podia melhorar na vida da gente e muitas vezes a conclusão é que se está sozinho e que não pode compartilhar. Então é de se pensar que deve-se ter alguém pra viver algo.

Na minha vinda pra cá, passei por alguns conhecidos, sei que alguns deles estão com suas novas conquistas. Também passei por alguns que são totalmente desapegados em relacionamentos, tem pessoas que encontrei nas festas liberais que já fui, hoje até encontrei caras que eu tive alguma história. Um mundo que vejo pelas minhas histórias.

Dessas pessoas que vi, será que consigo dizer quem está feliz ou quem está triste? E se é realmente felicidades ou tristezas que fazem a vida algo plausível e verdadeiro ou somente as coisas que aconteceram e que foram absorvidas? Os recém separados, e que estão vivendo um momento de liberação, me parecem felizes e contentes com suas escolhas. Os recém namorando, me parecem nas nuvens, no momento de suas vidas. E os solteiros convictos como eu?

Realmente seria relativamente fácil criar um relacionamento. Digo criar porque é o que efetivamente acontece. No entanto, pra isso eu precisaria não acordar às 7, não limpar a casa, não brincar com meu cachorro, não almoçar com minha amiga e certamente eu não estaria aqui agora sozinho em um bar escrevendo meus pensamentos em um blog. Entendam que eu faria algumas dessas coisas, mas com certeza absoluta alguma delas eu teria que não fazer.

Ter um relacionamento envolve ceder, e ceder envolve não ser egoísta. Eu sou egoísta. Tenho apenas uma vida e tenho apenas esse segundo, agora. E escrever é o que eu quero fazer nesse momento, não negociar, não ter que lidar com o ego do outro ou precisar de algum nível de aprovação ou acordo pra fazer o que eu realmente quero fazer.

Então pra criar um relacionamento, eu precisaria primeiro achar alguém que esteja disposto, depois aprender o que essa pessoa precisa e em outro momento, medir o tempo que eu posso ceder e o que eu estou disposto a perder do meu dia pra essa pessoa. Ver se isso vale a pena e aceitar o acordo de perda mútua.

Aí que tá… Eu fico pensando, e a idéia desse post é realmente pensar. O que se ganha? Faz um tempo que eu estou solteiros e cada vez mais acho que não se ganha nada. Um relacionamento me parece uma situação onde a gente cede, constrói algumas ideias e depois joga tudo fora.

Existe essa noção de amor romântico, de um pra vida toda, mas na prática, nenhum relacionamento dura mais do que alguns anos. E o conjunto de reclamações é absolutamente o mesmo. E culmina no “eu deixei de ser eu pra ser nós”.

Pessoas são universos e cada um tem suas regras. Seus limites e suas condições. Não consigo perceber nada além de manipulação, de implosão e dor ou de total estagnação.

Entrando nesse conceito,acho que algum relacionamento pode dar certo. Principalmente se as pessoas tem coisas a ganhar ou se simplesmente não tem nada pra trocar, só o conforto.

Mas ainda não estou nesse momento.

Imagem criada por IA – DALL-E 3

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