O faxineiro

18+, ESTE CONTO CONTÉM DESCRIÇÕES EXPLÍCITAS

40 minutos pra encerrar o turno.
Depois dos chuveiros preciso limpar as escadas ainda. Como odeio limpar as escadas…
Caminho até o armário de limpeza, pego o balde, esfregão, o produto de limpeza genérico fedorento.
Subo os degraus até o vestiário. 3 sócios estão tomando banho. Um relativamente bonito, com seus 30 anos, um jovem adolescente e um idoso.

Antigamente eu conseguia sentir algum interesse olhando pessoas no chuveiro. Mas hoje a rotina maçante torna impossível. É esse cheiro nojento de corpo. Cheiro de suor, misturado com um azedo indescritível de cuecas sujas e meias. Como odeio cheiro de meias podres pós treino. Mas meu trabalho é esse e, o que parecia sorte nos primeiros anos, acabou se tornando um dos piores momentos do meu dia.

Nunca pude, nunca consegui e não sei se nos meus 55 anos eu ainda vou ter a oportunidade de conhecer alguém que me tire deste inferno. Nenhuma mulher me interessa e nem possui interesse por mim. Nenhum destes homens vai me olhar, sou um velho sem nada a oferecer. Sei que não tenho uma aparência que julgam agradável, também não tenho dinheiro. Me pau é pequeno e faz anos que não consigo manter uma ereção completa. Por outro lado, simplesmente não fui feito pra que alguém me penetre, não sei como fazer e todas as tentativas só me causaram dor. Desse modo, minha vida é ficar cheirando peido, chulé e asa de homens que tem dinheiro pra frequentar este clube.

Ligo o primeiro chuveiro, o que tem uma mangueira para encher o balde. Coloco o produto de limpeza genérico, fedor de pinho. Levanto. Pego o esfregão. Torço o esfregão no suporte do balde. Molho no liquido, retorno ao suporte, torço, começo a limpar o chão.

Inicio em um box vazio, da esquerda pra direita em linha reta, na diagonal, recolhendo novamente a esquerda. a direita, em linha reta, na diagonal a esquerda. Acompanho as ondulações pequenas de água e os padrões em ziguezague que surgem no chão. Odor de urina… O adolescente está mijando no box ao lado… A urina escorre lentamente e se mistura nas ondinhas em padrão que eu estava construindo.

Volto com o esfregão no balde, torço, molho, lavo, torço, volto para o mesmo box. O adolescente está se secando. O idoso também. O outro homem continua de costas se esfregando vigorosamente. Quando esta merda de turno vai terminar? Continuo o processo de limpeza. Agora só existe um box em uso nos 16 do vestiário, é só deixar este por último e secar o piso molhado que porventura ele deixar.

Ziguezague, torço o esfregão.. Não existe nenhum Deus, e se existisse, não seria graças a ele que meu dia está terminando. Talvez graças ao frio, graças que demitiram o outro rapaz da noite. Graças ao inferno molhado. Quero ir pra casa logo, mas também não sei o que vou fazer lá.. De qualquer forma é indiferente. Quero sair daqui, só isso.

O cheiro de pinho entope o ar. O homem está se secando, olho de relance, de pau levemente duro. Nenhum homem fica de pau duro pra mim. Provavelmente está pensando na esposa, na amante, no amante, ou apenas cansado. Os homens tem ereções quando estão cansados eu acho, pelo menos eu tenho ensaios de rigidez quando acordo cansado de manhã. De qualquer forma é bonito de ver. Aquele homem bem construído, com chumaços de pelo irregulares mas bem posicionados, com um pênis normal, meia bomba. Como queria que meu pau fosse desse tamanho.

Ele vai para a área de troca, eu vou para o box, começo novamente o processo com o esfregão, odeio esse cheiro de pinho… O idoso e o jovem fecham a porta e descem as escadas. Passo por ele se vestindo, observo de canto o volume considerável, ele está olhando pra mim, ele percebeu… Ele percebeu!
Medo, terror, pânico. Ele percebeu que eu estava olhando pra ele. O que será que ele vai fazer? Ele vai reclamar na secretaria que tem um pervertido trabalhando no vestiário do clube?

Viro de costas rapidamente… Medo, medo… Finjo que estou fazendo outra coisa. De costas. Ele continua mexendo na mochila. Vai ao mictório e se faz que está mijando, mas não… Ele está realmente se mostrando pra mim. Ele quer que eu o veja. Mas se ele fizer alguma coisa? Se me demitirem? eu não tenho como me mantar. A aposentadoria da minha mãe mal da pra pagar o aluguel e logo ela vai estar morta. O que eu faço?

Preciso gozar, este faxineiro bem que podia me fazer um boquete. É velho, feio, um pouco nojento, mas estou com tesão, vai ter que ser esse mesmo. Ele sempre fica vendo os caras tomando banho. No máximo um mal entendido, não tenho nada a perder mesmo.

No mictório, deixo meu pau duro. Fico levemente de lado pra que ele possa ver, caso esteja realmente observando. De canto, fico cuidando a reação dele, no começo ele parece que ignorar, mas depois fica olhando por baixo, mexe no pau por cima da calça de abrigo inconscientemente. É muito fácil perceber um homem com tesão.

Me viro mais, me mostro. Ele olha pra mim com uma expressão de algo que parece medo. Visivelmente agitado, primeiro em um tom grave, depois ameno. Percebo o que parece ser um tremor na sua perna direita. Me olha novamente nos olhos e depois pra baixo, vencido. Faz um sinal sutil com a mão pra eu o seguir. Abre um porta que leva para uma área de armazenamento. Era o que eu queria.

Ele começa baixando minha bermuda, parece que está com muita vontade. Imagino que esse puto deve chupar todos os caras desse clube. Ele enfia tudo de uma vez na boca. É totalmente desajeitado. Me machuca, mas não posso pedir muito mesmo. Já estou aqui, vamos ver até onde vai.

Deixo ele me masturbar enquanto me chupa. Não é a melhor sensação, definitivamente ele não sabe o que está fazendo. O desespero dele é algo que eu não consigo entender. Ele morde, arranha minha glande com os dentes, aperta minhas bolas de um jeito desconfortável e se engasga, tem uma tosse em alguns momentos. Talvez realmente ele não faça isso com frequência, mas, ele entendeu o que eu queria e está conseguindo.

Vou gozar eu digo, E ele intensifica as mordidas e os apertos desajeitados. É um desastre… Eu gozo, ele se engasga mas mantém meu pau na boca e engole tudo. Definitivamente não é a melhor gozada da minha vida. É quase como mijar. Agora já foi feito, é puxar a roupa e ir embora.

Então percebo, ele está chorando. É um choro baixo, triste. Ele olha pra mim com vergonha, levanta, me encara novamente, aos poucos me abraça de uma forma carinhosa. Esse abraço que talvez um amigo de anos possa te dar mas que eu nunca esperaria vindo de alguém nessa situação. Um carinho com cumplicidade, com ternura. No abraço, ele chora no meu peito. Soluça…

Obrigado ele diz… Obrigado.

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