Vazio das Histórias e Homens

Pessoas conhecem pessoas.
Pessoas conhecem toques, carícias, amassos, competições, reações, odores, realizações, complexidades, corpos, individualidaes, pluralidades, sensações e os outros ões das coisas e dos momentos.
Pessoas entregam-se e abrem portas para seu interior.
Pessoas fogem, pessoas enlouquecem, batalham por.
Será eu uma pessoa?

“Mesmo sendo normal, seu corpo era nítidamente trabalhado. A voz constante e ritimada não permitiu o controle da situação. Estou me sentindo louco, preciso sair deste lugar agora”

Histórias são como pessoas.
Realizam, flertam, casam-se, completam, separam e crescem a medida que são contadas e explicadas.
Mudam com o tempo, fogem da concepção de presente e passado.
Mesmo hoje são ontem e sempre serão novas.

“Deixa eu te tocar? Vai devagar, sou sensível”

Contatos criam ações e reações.
O toque sutil, um arrepio.
O pesado, dor e desenvoltura.
Constante irritação. Restrito, Constrito, Fugaz e etéreo.
Arranca a alma pelo meu toque.
O final é vazio.

“- Vou embora, falamos outro dia… – Certo então, queres ir pelo elevador ou pela escada? Pode ser pelo elevador (Pela janela por favor)”

Pessoas constroem histórias que constroem pessoas que contam que conhecem o vazio mútuo de não existir nada para ser contado. Não importa. O final é sempre o mesmo.

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